APRESENTAMOS A PESQUISA REALIZADA PELO SEBRAE – RENDIMENTO MÉDIO REAL DOS EMPREENDEDORES NO BRASIL (BASE DE 2019 A 2023) – FOCADA NO ESTADO DE SP (SÃO PAULO)
Esta pesquisa foi divulgada em 02/2025 e é a mais atual e próxima que podemos apresentar. Excelente para sabermos qual é a média do Brasil comparando todos os estados, realizamos uma análise focada no Estado de São Paulo, mostrando qual o valor médio que os empresários ganham.
Acreditamos também que foram considerados tanto o pró-labore mensal quanto os dividendos/distribuição de lucros.
Informação importante: quem está legalizado e estruturado teve maior rendimento quando comparado a quem está na informalidade (ou seja, sem CNPJ). Isso porque, de fato e na prática, apenas assim é possível realizar esta pesquisa.
Analise com atenção e carinho o material que elaboramos.
Objetivo do Sebrae com esta Pesquisa
Monitorar a evolução do rendimento médio real mensal dos Donos de Negócio (DN) – empregadores e trabalhadores por conta própria – como indicador estratégico do SEBRAE até 2035.
📊 Análise do Rendimento Médio Real dos Empreendedores em São Paulo (2019-2023)
1. Panorama Geral
O rendimento médio real dos empreendedores em São Paulo apresentou queda no período analisado, passando de R$ 4.506 em 2019 para R$ 4.140 em 2023, uma redução de 8,1%.
Esse resultado contrasta com a média nacional, que registrou crescimento de +4,9%, mostrando que São Paulo teve desempenho abaixo do Brasil no mesmo intervalo.
2. Diferenças por Sexo
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Homens: caíram de R$ 4.909 (2019) para R$ 4.509 (2023).
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Mulheres: caíram de R$ 3.803 para R$ 3.482.
Apesar da queda para ambos, a diferença de gênero se manteve estável: homens continuam recebendo cerca de 30% a mais que as mulheres. Isso evidencia que o avanço das mulheres empreendedoras em termos de renda ainda encontra barreiras significativas em SP.
3. Diferenças por Raça/Cor
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Brancos: caíram de R$ 5.505 para R$ 5.029.
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Negros: aumentaram de R$ 2.602 para R$ 2.685 (+3,2%).
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Outras raças: caíram de R$ 8.331 para R$ 5.370 (forte retração).
O dado positivo é o crescimento do rendimento dos empreendedores negros. No entanto, a desigualdade racial permanece: os brancos recebem quase o dobro do rendimento dos negros.
4. Tipo de Ocupação
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Conta própria: cresceram levemente, de R$ 3.107 para R$ 3.204 (+3,1%).
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Empregadores: caíram de R$ 10.301 para R$ 9.642 (-6,4%).
O crescimento dos autônomos sugere resiliência desse grupo, enquanto empregadores sofreram retração, especialmente em setores de maior impacto da pandemia. Ainda assim, empregadores recebem quase três vezes mais que os trabalhadores por conta própria.
5. Setores da Economia
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Agropecuária: caiu de R$ 5.001 para R$ 4.779.
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Comércio: leve alta, de R$ 3.874 para R$ 3.915.
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Construção: subiu de R$ 2.723 para R$ 2.826 (+3,8%).
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Indústria: forte queda, de R$ 4.142 para R$ 3.360 (-18,9%).
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Serviços: retraíram, de R$ 5.321 para R$ 4.692 (-11,8%).
O destaque positivo ficou para comércio e construção, que conseguiram avançar. Já a indústria e os serviços, setores tradicionalmente mais fortes no estado, puxaram a queda geral.
6. Perfil Etário
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Jovens (18 a 29 anos) tiveram o maior crescimento (+26,5%), mostrando dinamismo e entrada de novos empreendedores com maior rendimento.
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Faixas mais velhas (30 a 59 e 60+) apresentaram queda, mas continuam liderando em nível de rendimento absoluto.
Esse movimento aponta para uma renovação do perfil empreendedor, com jovens conquistando espaço, ainda que em níveis de renda mais baixos comparados aos mais velhos.
7. Escolaridade
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Sem instrução: crescimento expressivo (+31%).
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Fundamental e Médio: crescimento moderado (+6%).
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Superior: queda de -10,2%.
Mesmo com a redução, quem possui nível superior ainda recebe 5 vezes mais que empreendedores sem instrução, mostrando que a educação continua sendo um fator decisivo para maiores rendimentos, embora a diferença esteja reduzindo.
✅ Conclusão Analítica
O estado de São Paulo apresentou desempenho negativo no rendimento médio dos empreendedores entre 2019 e 2023, diferentemente da média nacional.
A queda foi impulsionada pela retração em setores como indústria e serviços e pela redução da renda dos empregadores.
Apesar disso, alguns pontos positivos se destacam:
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Crescimento do rendimento entre negros, jovens e empreendedores sem instrução.
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Avanços em setores como comércio e construção.
Entretanto, permanecem fortes desigualdades de gênero e raça, além da manutenção da vantagem de quem possui nível superior de escolaridade.
✅ Conclusão Estratégica – São Paulo (2019-2023)
O cenário mostra que o rendimento médio dos empreendedores em São Paulo caiu 8,1% entre 2019 e 2023, puxado pela retração em indústria e serviços e pela queda dos ganhos dos empregadores.
Apesar disso, houve sinais de resiliência e oportunidade em grupos específicos (negros, jovens, autônomos e trabalhadores de setores como comércio e construção).
Persistem fortes desigualdades de gênero e raça, além da manutenção da vantagem de quem possui escolaridade mais alta, mesmo com queda nos rendimentos dos mais instruídos.
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Por Rafael Mendonça
Contador / Empresário Gestor Brasil & USA